PAPO RETO 2º TEMPORADA
PAPO RETO COM TIAGO LINCK - Vixi Maria, a Ilha a cantar
UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR 2019
ENREDO:”A PELEJA POÉTICA ENTRE RACHEL E ALENCAR NO
AVARANDADO DO CÉU”
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Foto: Lucas Dellatores |
Em 2019 vamos conhecer o Ceará mas de uma forma diferente. É que a União da Ilha do Governador traz em seu Carnaval a Literatura Brasileira e para apresentar o Ceará, traz dois expoentes fundamentais que vão nos apresentar essa terra tão fundamental por conter histórias que perambulam e faz o imaginário florescer.
Falo de Rachel de Queiroz e José de
Alencar, dois escritores que conhecem mais do que ninguém essa terra e é por
eles que vamos passear pelas terras Cearenses
e desvendar todo encanto que trouxeram para a Literatura.
Rachel e Alencar se conversam e
linhamente nos apresentam o Ceará. Não deixaram em nenhum de seus textos quando
folharmos as páginas amareladas que o tempo deixou e resgatar o povo que ali é
exaltado.Nessa mesmas páginas amareladas que o tempo se fez a cultura também
foi retratada pelos autores, assim como as tradições cearenses, marco desse
povo e a culinária.
Ao delinearmos vamos então descobrir
nessa peleja, o que eles retrataram desse Ceará, sob a óptica de vista de cada
um, mas o fio tecelado ligará até a União da Ilha já que Rachel morou na Ilha
do Governador.
O Baú de um imaginário matuto, o
primeiro ponto a desenhar esse Ceará.Contar e contar as histórias de um povo
alegre que é feliz, histórias únicas abraçadas pelo sorriso impregnado em suas
caras e rostos. Universo múltiplo que está em movimento.O imaginário era
fértil, personagens lendários que seguiam em frente desbravando os caminhos que
vinham.Lendas que transpassavam o limite mágico entre o homem e o seu lugar.
E assim seguem nesse diálogo
apresentando essa terra de maturação. Cultivar, plantar, colher, resultado de
um prazer coletivo. Nessa terra onde a culinária evoca sabores e aromas, atiça
as bocas dos vizinhos, reunindo milhares de turistas. Comparam a terra de
culinária vasta à terra Santa, e para o outro, homens que carregam os fardos de
mandioca para servir de alimento ao outro dia, típico homem do campo.
A brasilidade difundida nos
artesanatos ganha forma de vida. Os materiais que se impregnam nas mãos
demonstram a forma e as cores que eles vão ganhando. A arte de sobreviver numa
terra que está sob o olhar de quem vê no artesanato a maneira de construir sua
vida.
Rachel e Alencar, ambos mestres no
quesito de retratarem seu Ceará, por experiência de ver de perto a luta de seu
povo.Rachel, doce encanto que agrega a literatura ao retratar seu povo, Alencar servindo de
porta-voz, digo, cumprindo seu papel social ligando xilogravura e o Cordel.
Dedilha meus dedos na viola, as
festas de nossa terra está no ar. A fé embala, borda rio e mar. Sagrado e
profano se misturam onde a única certeza é permitir voltar ao passado através
da música e conhecer o presente. Contar e contar mais histórias, se tem dança
das meninas rendadas ao redor da fogueira para São João, no amanhecer do dia,
de estiada, vemos a romaria devota para São Pedro.
Ser um povo arretado é tão bom. De um
chão de sertão rachado, viajar e desbravar novos lugares, um mais bonito que o
outro. Trace os caminhos e verão pela frente uma beleza que encanta. Um giro
pelo globo que damos dentro da própria palma de mão e assim permite conhecer
essa terra de horizontes infindos que agrega conhecimento e causos de uma gente
que só quer ser feliz.
As tramas alinhadas e tecidas pelas
ceras de couro que costuram a vida. Mistério que se desenrola nos desenhos e
que se faz caminhar.
Sonhos que descrevemos no giro que
faz sustentar o equilíbrio. São fios finos que desenrolam a moda feita com
amor.
Nossa gente tece o mundo e o mundo se
enredou pelas nossas mãos. Rendeira
tratou, bordou e teceu e a Ilha
cantou os panos de fino trato.
Traduzindo um povo feliz, personagens
que darão um novo sentido as histórias desse povo guerreiro, que lutou e ainda
luta, um sem fim de personagens nesse reino da folia que marca o sorriso dessa
gente de andanças pela vida.
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