MANCHA VERDE 2019
ENREDO:”OXALÁ, SALVE A PRINCESA! A SAGA DE UMA
GUERREIRA NEGRA”
Vamos falar de Aqualtune,
a Princesa Guerreira que nasceu no Congo, mãe de Ganga Zumba e avó de Zumbi dos
Palmares. A Mancha Verde em 2019 resgata uma das histórias mais marcantes da
escravidão, para assim fazer renascer a luta por um mundo mais igual, onde o
povo negro tenha seus direitos e também que a intolerância religiosa seja
extinguida, acabada de vez. Essa é a
mensagem que a Mancha Verde quer trazer e vamos mergulhar nessa luta juntos.
Nascida no Congo, Aqualtune liderou
um exército de 10 mil homens na Batalha
Mbwila, hoje região da Angola. Com a derrota Congolesa, Aqualtune foi capturada
e traficada para o Brasil, tornando-se escrava reprodutora, dando vida a novos
cativos de acordo com os interesses de seus donos.
Deixando de ser princesa africana
para ser escrava no Brasil, sofreu na pele tamanha marcas da violência
escravista, mas mesmo assim com sua bravura seguiu firme por possuir uma frente
de conhecimento que nem mesmo fez intimidar-se.
No desespero de tentar fugir das
terras brasileiras, corre em direção ao mar, porém é levada para o Porto Calvo,
entregando-a aos piores homens que se tinham no lugar.
Sabendo da resistência negra no país,
foge da fazenda onde se encontrava,
sente-se atraída e junta-se aos
negros para lutar pela sua liberdade e também dos outros.
Quase esquecida de ser mencionada nos
livros, Aqualtune teve um papel fundamental e de grande destaque na luta pelo
sistema escravocrata que imperava na época, um período importante da história
negra no Brasil.
Simbolizava força e liderança.
Os tambores africanos ecoaram e toda
resistência negra mostra que a luta traz a coragem. A mesma pele que chorou,
viu sangrar, mas jamais se acovardar. Lutar e seguir lutando sempre mesmo que o
preconceito seja mais forte, a luta deve seguir.
Uma princesa africana que na sua
terra de riqueza e nobreza,carregava uma ancestralidade onde sua crença era a
invocação dos orixás a quem cultuava e
pedia proteção, por aqui trouxe consigo essa mesma fé, mesmo retirada de suas
terras e se tornando escrava em terras brasileiras, clamava no Quilombo toda
energia que a mantinha firme e o desejo de se libertar. É na mesma coragem e
garra que Aqualtune tivera, que a Mancha entra no palco da folia trazendo essa
Princesa Africana para ser salva e servir de espelho.
Sob as bençãos de Oxalá a Mancha
Verde resgata essa história na luta de se combater toda intolerância religiosa
que ainda existe, que os discursos que fizeram de Aqualtune importante, uma
figura combatente a frente do seu tempo, para assim ter a representatividade
feminina no combate as transformações que ainda são necessárias a todos para
conseguirmos chegar a um sistema igualitário.
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